quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SARCOMAS

     A maioria dos sarcomas tem um desenvolvimento profundo nas partes moles, e todos os sarcomas são localmente invasivos, porque suas células progenitoras não estão delimitadas por membranas basais (como as células epiteliais). Sobe o aspecto morfológico, os sarcomas costuman ser composto por células em fuso, enquanto a maioria dos carcinomas mantém um aspecto epitelial. Sabe-se que uma porcentagem crescente de sarcomas adultos apresenta transçlocações cromossomiais específicas pode ser suficiente para iniciar a formação do tumor em alguns casos. O crescimento local dos sarcomas pode resultar em morte pelo comprometimente de estruturas vitais. A maioria dos sarcomas metastatiza pela via hematogênica, e são raras as metástases de sarcomas para linfonodos.

CARCINOMAS

     A maioria dos carcinomas nos adultos desenvolve-se por meio de um processo em diversas etapas de displasia que envolve alterações genéticas sequenciais que afetam diferentes vias celulares. O carcinoma in situ pode, às vezes, ser identificado antes que as células malígnas invadam a membrana basal e formem uma massa tumoral. Os carcinomas costumam invadir localmente e metastatizar através do sistema linfático, dando origem a metástases nos linfonodos. N a maioria dos carcinomas, as metástases linfáticas precedem as metástases hematogênicas. É mais comum alguns carcinomas invadirem os espaços vasculares, dando origem a matástases hematogênicas precocemente em sua evolução clínica. A maioria dos carcinomas apresenta junções relativamente bem desenvolvidas entre células tumorais, ao passo que nos sarcomas tais junções são muito menos desenvolvidas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PRESSÃO HIDRSTÁTICA

     Pressão hidrostática (ou efetiva) É a pressão exercida pelo peso de uma coluna fluida em equilíbrio. Considere um cilindro com um líquido até a altura h e um ponto B marcado no fundo de área A. O líquido exerce uma pressão no ponto B, dada por:


Importante!

A pressão hidrostática ou efetiva depende da densidade do fluido (d), da altura do fluido acima do ponto considerado (h) e do lugar da experiência (g), independendo do formato e do tamanho do recipiente.

PRESSÃO ONCÓTICA

     É a pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo. No plasma sanguineo, os componentes dissolvidos possuem uma pressão osmótica. A diferença entre a pressão osmótica exercida pelas proteínas plasmáticas (pressão osmótica coloidal) no plasma sanguíneo e a pressão exercida pelas proteínas fluidas no tecido é chamada de pressão oncótica. A pressão osmótica é a passagem de um líquido através de uma membrana semi-permeável, do lado mais diluído em direção ao lado mais concentrado. Quando existem proteínas que contribuem para formação da pressão osmótica, esta é denominada pressão coloidosmótica (porque é gerada por coloides) ou pressão oncótica. Ou seja, a pressão oncótica é a pressão exercida pelas proteínas plasmáticas, principalmente (70% da pressão) pela albumina pois é a que se encontra em maior quantidade no plasma (cerca de 50%). Já que as proteínas grandes do plasma não são capazes de atravessar facilmente as paredes dos capilares, o seu efeito na pressão osmótica do interior dos capilares irá, de algum forma, balancear a tendência do fluido vazar dos capilares. Em condições onde as proteínas plasmáticas estão reduzidas, como quando são excretadas na urina (proteinúria) ou por malnutrição, o resultado da pressão oncótica muito baixa pode ser a saída de água para o líquido intersticial, provocando edema(acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial) ou ascite. Em outras palavras, esta pressão contraria a pressão hidrostática, obrigando a água a manter-se dentro dos vasos. A pressão oncótica aumenta durante o comprimento do capilar, especialmente em capilares que possuem uma grande rede de filtração (como os capilares do glomerulo renal), por que o fluido filtrado, ao sair, deixa proteínas no sangue, aumentando a concentração protéica.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EDEMA

     Refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão hidrostática e osmótica. É constituído de uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma e sua composição varia conforme a causa do edema. Quando o líquido se acumula no corpo inteiro diz-se que é um edema generalizado. Podemos dizer que quando um edema se forma é sinal de doença, que pode ser cardíacaa, hepáticaa, desnutrição gravee, hipotireoídismoo, obstrução venosas e ou linfática.

Edema localizado: São edemas que comprometem um território do organismo ou órgão. Resultam de distúrbios locais. -exemplo: edema inflamatório.

Edema generalizado: Edema generalizado ou anasarca, acontece quando o mesmo se espalha por todo o corpo e nas cavidades pré-formadas. Pode ocorrer também dentro do abdômen ascite e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural). Por ocasião de qualquer tipo de edema, em qualquer localização, sua presença faz diminuir a velocidade da circulação do sangue, assim prejudicando a nutrição e a eficiência dos tecidos.

HEMORRAGIA

     É a perda de sangue do sistema circulatório. A resposta inicial do sistema cárdio-circulatório à perda aguda de sangue é um mecanismo compensatório, isto é, ocorre vasoconstrição cutânea, muscular e visceral, para tentar manter o fluxo sanguíneo para os rins, coração e cérebro, órgãos mais importantes para a manutenção da vida. Ocorre também um aumento da freqüência cardíaca para tentar manter o débito cardíaco. Assim, a taquicardía é muitas vezes o primeiro sinal de choque hipovolêmico. Como as catecolaminas provocam um aumento da resistência vascular periférica, a pressão diastólica tende a aumentar, ficando mais próxima da pressão sistólica. A liberação de outros hormônios nesta fase faz com que a pessoa fique extremamente pálida, com o coração disparado (taquicardia), e com o pulso fino e difícil de palpar (a pressão de pulso é dada pela diferença entre a pressão sistólica e diastólica). Apesar de todo este mecanismo compensatório, existe um limite além do qual o organismo entra em valencia. Pessoas vítimas de trauma com perdas sanguíneas importantes e que demoram para receber socorro médico podem ter isquemia temporária dos tecidos, com a liberação de substâncias típicas do metabolismo anaeróbico (sem utilização de oxigênio). Permanecendo mais tempo ocorre a falta de energia para manter a membrana celular normal e o gradiente elétrico. A célula, não suportando mais a isquémia, inicia a rotura de lisossomos e a auto digestão celular. O sódio e a sódio entram na célula, com edema celular. Também pode ocorrer depósito intracelular de cálcio. Não sendo revertido o processo ocorre finalmente a morte.
    
     Recebendo assistência médica, o volume sanguíneo é inicialmente reposto através de soluções salinas através de um tipo de agulha calibrosa diretamente na veia. Dependendo da fase de isquémia em que a célula se encontra, ao ser refeito o volume sanguíneo por diluição pode acontecer de retornarem para a circulação geral aquelas substâncias tóxicas liberadas pela célula em sofrimento. Isto é conhecido como a "Sindrome da Reperfusão", com um intenso edema generalizado.

     O choque hipovolêmico deve ser tratado com volume, isto é, com soro fisiológico e solução de Ringer. Casos mais graves podem requerer soluções gelatinosas, mas existe um volume máximo desta solução que se ultrapassado intoxica e mata o paciente. Este volume é em torno de 1000 ml para um adulto normal. Todas as tentativas para parar a perda sanguínea devem ser feitas, incluindo cirurgias visando a hemostasia. Este é o motivo do cirugião comandar o atendimento ao paciente politraumatizado. Alcançado este ponto, somente a transfusão sanguínea pode manter a vida do doente.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

COLÁGENO E ELASTINA

     Os colágenos são proteínas fibrosas sintetizadas palos fibroblastos e células afins. A sua estrutura molecular é formada por cadeias alfas disposta em tríplice hélice e que se caracterizam por mastrar sequências repetidas de três aminoácidos: glicina-X-Y. O X e o Y são frequentemente representados por prolina e lisina, os quais costumam aparecer hidroxilados. A hidroxipolina só aparece no colágeno, o que permite que o método bioquimico para sua dosagem sirva para avaliação de quantidade de colágeno presente numa amostra. A hidroxilação dos aminoácidos dá maior resistencia e força ao colágeno, ao permitir a formação de pontes estabilizadoras entre suas moléculas. A vitamina C temn papel estabilizador para a enzima prolil-hidroxilase envolvida na hidroxilação. A deficiência de vitamina C resulta na formação de colágeno defeituoso, frágil, que se rompe facilmente, propiciando hemorragias frequentes, principalmente nas gengivas.
      A elastina é uma proteína altamente insolúvel e se constitui num elemento fundamental das fibras elasticas que, como indica o nome, dão elasticidade aos tecidos. A elastina é uma substância amorfa, hidrofóbica, não-glicolisada. Como os colagenos, ela exibe tambén pontes de lisina nas suas moléculas, mas, diferente dos colágenos, em que as pontes de lisina funcionam para dar maior rigidez , na elastina elas contribuem para dar elasticidade

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CICATRIZAÇÃO

     É quando o processo de reparose faz à custa de proliferação do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por cicatriz fibrosa. Para muitos, o processo de cicatrização é considerado um seguimento do do processo inflamatório que provoca perda de substância. Realmente, na inflamação, o reparo se faz presente desde a fase aguda, na periferia da lesão, predominando à proporção em que o processo se torna crônico  e evolui para seu termino. O o reparo também ocorre após perda de tacido por infarto, hemorragias, por ressecção cirurgica etc. Um processo especial de reparo ocorremesmo quando não há perda de substância, mas percistência de fibrina nos tecidos, seja por falha da remoção após inflamação, seja em consequencia da formação de um trombo. Neste caso, a substituição da paulatina da fibrina por tecido fibroso recebe o nome de organização.

  

sábado, 16 de outubro de 2010

REGENERAÇÃO

     Quando uma saperficie do organismo, cutânea, mucosa, endotelial, mmesodelial ou da córnea é desnudada, mas a camada basal - ou seja, o tecido conjuntivo imediatamente adjacente (cório) - permanece integra (erosão), as células não lesadas das bordas da lesão crescem e reparam completamente o defeito. Da mesma maneira ocorre com as células epiteliais do fígado, rin, glândulas endôcrinas e etc., quando arcabouço de sustentação estiver mantido. Este processo de regeneração não se faz com a mesma facilidade e rapidez em qualquer tecido, uma vez que vários tipos de células diferem na sua capacidade de replicação.

REPARO

     Um organismo vivo mantém a capacidade de reparar suas perdas. Isto é uma propriedade que está presente desde o nível celular. quando uma célula sofre uma agressão focal, as organelas inviáveis podem ser isoladas num vacúolo limitado por membrana, digeridas e eliminadas, enquanto as partes perdidas são reconstituídas, voltando a célula a sua estrutura normal. Por vezes, as membranas lipídicasperoxidadas formam um resíduo quimicamente heterogêneo, de difícil digestão (lipofuscina), que é então posto de lado no interior da célula, enquanto esta continua a viver.

     Quando, em vez de atingir focalmente as células no seu citoplasma, a lesão causa a perda de muitas células, oreparo é mais complexo e pode assumir uma das duas possibilidades: A) se as células parenquimatosas morrem, mas o estroma permanece integro, o reparo se faz a partir de células do mesmo tipo das que se perderam, voltando o orgão a sua estrutura normal (regeneração); B) se o estroma é destruido, o reparo se faz fundamentalmente  às custas do tecido conjuntivo (cicatrização), o que quase sempre aparece combinado com certo grau de regeneração dos elementos epiteliais, os quais podem ou não reproduzir a estrutura que tinha anteriormente. Neste ultimo caso ocorre uma regeneração atípica. 

GRANULOMA

     Um granuloma é a formação de uma estrutura microscópica específica que se assemelha a um grânulo Seu achado é facilitador do diagnóstico por ser específico de certas doenças crônicas, apesar de no início imaginava-se ser característico apenas da tuberculose. Outras doenças também formam granulomas como hanseníase, esquistossomose, sífilis, sarcoidose, doença da arranhadura de gato, algumas auto-imunes, dentre outras. Seu centro pode ser preenchido por necrose caseosa, como é no caso da tuberculose. Além disso o granuloma é composto por macrófagos, células epitelióides, células gigantes e cercado por linfócitos T e, em alguns casos por plasmócitos também. Aqueles mais antigos desevolvem uma cápsula de fibroblastos e tecido conjuntivo. Há dois tipos de granulomas que se diferem quanto a patogenia: os epitelióides e os de corpo estranho.

     Os granulomas epitelióides, ou granulomas imunes, são característicos de partículas insolúveis, tipicamente microorganismos que são capazes de induzir uma resposta imune. Os macrófagos fagocitam tais agentes e apresentam antígenos aos linfócitos T. Servem para impedir a disseminação destes agentes e apresentam célula gigante do tipo Langhans. Pessoas imunocomprometidas são incapazes de formar tais granulomas, alastrando assim a doença, tendo um pior prognóstico.´

     Os granulomas de corpos estranhos são classicamente causados por algum corpo estranho relativamente inerte, como suturas, e ganham sua característica devido ao fato do agente agressor ser grande demais para ser fagocitado por um único macrófago. Há menor quantidade de células epitelióides e as células gigante são do tipo Corpo Estranho.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

INFLAMAÇÃO AGUDA

     Inflamação aguda é uma reação da microcirculação caracterizada por movimentode líquido e leucócitos do sangue para os tecidos extravasculares. É causado por eliminação de células metabolicamente alteradas, partículas estranhas, microorganismos, antígenos e necrose tecidual. A inflamação causa hipertermia local, hiperemia, edema e dor. A resposta inflamatória se dá na micro vasculatura, pelos componentes da resposta inflamatória, inclusive plasma sangüíneo, plaquetas, hemácias, leucócitos e mediadores químicos inflamatórios. Normalmente estes componentes se encontram no compartimento intravascular, através de um revestimento contínuo do endotélio. No processo inflamatório, ocorrem alterações na estrutura da parede vascular, levando ao escape de fluidos e componentes do plasma e leucócitos do espaço luminal para o extravascular. Ocorre aumento da permeabilidade do plasma e componentes inflamatórios. A inflamação aguda é uma reação complexa, e é causada pela lesãocelular, normalmente necrose. A inflamação é causada pelas células vivas ao redor da célula danificada. Tem como objetivo, destruir, eliminar e reparar a célula lesada. A inflamação consiste em uma reação vascular e uma reação celular

TROGOCITOSE

A trogocitose é um fenómeno pelo qual, uma célula adquire o conteúdo citoplasmático ou fragmentos da membrana celular de uma outra célula com quem interage.
Evidencias da existência de trogocitose (ver referências)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

INFLAMAÇÃO

Conceitos  Gerais:
     Inflamação é a reação local dos tecidos à agressão. Ela ocorre como resposta inespecífica caracterizada por uma série de alterações que tende a limitar os efeitos da agressão. Por muito tempo, a inflamação foi considerada como doença, e somente a partir do século XVIII é que Hunter propôs ser ela uma resposta benéfica. Desde Celsus (Contemporâneo de Cristo) que se caracteriza a inflamação por quatro sinais "cardinais": rubor, calor, tumor, e dor. Virchow, no século XIX, acrescentou um quinto sinal; a perda da função. O rubor eo calor são o resultado de um aumento da circulação na área inflamada. O tumor é a consequencia do aumento local do líquido intersticial e a dor dependo do acúmulo, no local, de substâncias biológicas que atuam sobre as terminações nervosas. A perda da função é a consequencia do somatório de vários fatores, especialmente do edema e da dor. os sinais cardinais se referem a inflamações da superfície corpórea ou das articulações, porém, inflamações com as mesnas caracteristicas ocorrem em todos os tecidos e órgãos agredidos. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

PIGMENTOS

Pigmentos Endógeno e exógeno:
     Pigmentos são substâncias de origem, composição química e significado biológicos diversos que tem cor propria. No organismo humano há três classes de pigmentos, são eles, melanina, hemoglobina e seus derivados e lipocromos. Eles são considerados pigmentos endógenos, pois são produzidos por meio da atividade metabólica das próprias células do organismo, ao contrário dos pigmentos exógenos que alcançam o interior do organismo por via respiratória, digestiva ou quando inoculados através da pele, vindo já pré-formados do meio externo.

Hemoglobina e Derivados:
     A hemoglobina é o pigmento que dá a cor vermelha às hemácias, sendo a substância responsável pelo transporte do oxigênio dos pulmões para os tecidos e de gás carbonico dos tecidos para os pulmões. A sua molécula consta de duas partes fundamentais: a globina, uma proteína , e o heme, que possui quatro aneis pirrólicos que contêm ferro. 

    

PIGMENTAÇÃO

Endometriose:
     A endometriose é uma doença crônica com tendência evolutiva e pode cursar com uma ampla gama de sinais e sintomas. O quadro clínico pode variar bastante dependendo da severidade ou do grau da endometriose e dos órgãos envolvidos pela patologia. O endométrio é a camada de tecido composto por glândulas e estroma, que recobre internamente a cavidade do útero, sendo responsável pela menstruação quando descama ao final de um ciclo menstrual. A endometriose é uma importante doença ginecológica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, ou seja, em qualquer outro lugar do corpo.

Teorias que explicam a endometriose:      Existem várias teorias descritas em épocas distintas que tentam explicar a(s) causa(s) provável(is) da endometriose. Entretanto, parece que nenhuma destas teorias consegue explicar isoladamente o que causa esta intrigante doença.

Embriológica:
     Foi descrita no final do século XIX. Esta teoria propunha que a endometriose se originaria de remanescentes dos ductos de Wolff (Von Recklinghausen, 1885) ou remanescentes dos ductos de Müller (Thomas Cullen, 1896; Iwanhoff, 1898; Russell, 1899), que sofreriam processo de metaplasia transformando-se em tecido endometrial.

Metaplasia celômica:
     Proposta por Iwanhoff e Meyer, esta teoria sugere que as células celômicas que são totipotenciais e que estão presentes no peritônio e nos ovários, podem ser induzidas a se diferenciar em endometriose. Irritações repetidas do epitélio celômico, associada a uma variedade de fatores comuns, estímulos hormonais ou infecciosos, podem induzir células celômicas a se transformar em tecido endometrial.

Implantação:
     Também conhecida como teoria da menstruação retrógrada ou teoria de Sampson foi proposta pela primeira vez em 1927 por John Albertson Sampson. Esta teoria propõe que o tecido endometrial reflui retrogradamente pelas trompas em direção à cavidade pélvica e se implanta na superfície peritoneal e nos órgãos pélvicos e abdominais. Apesar das evidências esta teoria não consegue explicar todos os casos de endometriose e porque a endometriose só ocorre em cerca de 10% das mulheres apesar da menstruação retrógrada ocorrer provavelmente todas elas.

Disseminação linfática e hematogênica:
     Estas teorias foram propostas para explicar a presença de endometriose em locais fora da cavidade peritoneal. Desta forma as células endometriais se disseminariam para outros locais através do sistema linfático e vascular. A disseminação linfática foi proposta por Halban.

Extensão direta:
     Esta teoria sugere que a endometriose decorre da invasão pelo endométrio ectópico da musculatura uterina e da invasão direta de outras estruturas contiguas ao útero, como Poe exemplo a bexiga e uretra.

Iatrogênica ou mecânica:
     Esta teoria foi proposta em várias publicações por diversos autores. Propõe que a implantação de células endometriais durante a cirurgia levaria a endometriose de cicatriz cirúrgica, explicando, portanto o aparecimento de focos de endometriose nas cicatrizes de laparotomia (cirurgia abdominal) e de episiotomia (parto normal).

Composta:
     Proposta por Javert, esta teoria propõe que uma combinação de várias teorias como da implantação, disseminação linfática/hematogênica e da extensão direta poderia explicar a endometriose.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CALCIFICAÇÃO

Patológica:
     Termo utilizado quando ocorre alterações metabólicas celulares levando a deposição de sais, principalmente de cálci, em locais onde não é comun tal processo, ou seja, uma calcificação fora do tecido ósseo devido a uma alteraçãoda atividade normal do corpo. Existem diferentes tipos de calcificação.

Calculose:
     Quando a calcificação ocorre em regiões tubularesque não sejam vasos sanguíneos (vias urinárias), resultando em cálculos. Tal processo é facilitado caso o meio seja alcalino e possua grande concentração de carbono de cálcio e fosfato de cálcio.

Calcificação Distrófica:
     Quando ocorre o acúmulo de sais em tecidos previamentes lesados. A aterosclerose, por exemplo, facilita a deposição de sais e a consequente formação de placas. No entanto, a calcificação distrófica não traz maiores consequências para o local.

Calcificação Metastática:
     Quando ocorre o aumento anormal do teor de cálcio no sangue (hipercalcemia), não necessitando de uma lesão prévia. Tal aumento causa a precipitação do íon cálcio ao se unir com o fosfato. Esse processo pode ocorrer em diversos tecidos do corpo, chegando a comprometer suas funções.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PIGMENTAÇÃO

Cálculos Biliares (colelitíase):
     Podem afetar a vesícula biliar ou qualquer porção da árvore biliar extra-hepática. Em países industrializados, a maioria dos cálculos é de colesterol e o restante é constituído por bilirrubinato de cálcio ou outros sais de cálcio (cálculos de pigmento). Por outro lado, os cálculos pigmentares são mais comuns nos trópicos e na ásia. A maioria dos cálculos biliares não é radiopaca, mas pode ser visualizado por ultrasonografia. Os cálculos de colesterol constitui a forma mais comun de cálculo biliar e mostram-se redondos ou facetados, castanho-amarelados, e podem variar entre 1 e 4 centimetros de diâmetro. mais de 50% do cálculo compõenm-se de colesterol, com o restante sendo constituído por sais de cálcio e mucina.Os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento de cálculos biliares de colesterol são sexo feminino, idade reprodutiva e obesidade.
Cálculos Renais (urolitíase):
     A presença de cálculos renais (pedras no interior do sistema coletor do rim) é denominado nefrolitíase, enquanto a presença de cálculos fora do rim é denominado urolitíase. Os cálculos renais são mais comuns em homens e pode variar de tamanho desde de inferiores a 1 mm até cálculos grandes  que podem se alojarem no interior do trato urinário. Os cálculos renais podem erodir a mucosa do trato urinário, provocando hematuria, ou podem obstruir o fluxo de saída da urina, provocando hidronefrose e pielonefrite. A cólica renal é o sintoma caracteristico de cálculos renais e descreve dor excrusiante ao longo do flanco causado pela passagem de cálculos ao longo do trato do fluxo de saída urinária.

DEGENERAÇÃO CELULAR

Amiloidose:
     É uma degeneração homogênea que ataca orgãos como baço e fígado, conferindo-se cor pálida lardácea. A coloração azul-escura desta subistância quando corada pelo iódo àcido sulfurico diluído, à semelhança de amido, denominando-a substância amilóide. O acúmulo desta subistância é a amiloidose (degeneração amilóide). É uma síndrome que agrupa processos patológicos diversos, cuja característica comun é o depósito intercelular (interstício) e na parede de vasos de uma subistância hialina, amorfa, proteinácea, patológica, que com acúmulo progressivo induz atrofia por compressão e isquemia das células adjacentes. 
     Algumas doenças relacionadas: Hemodiálise de longa duração-precurssor Beta2 microglobulina. Alzheimer-precurssor A4 (ou Beta2 amilóide) constitui o núcleo das placas senis e do amilóide das paredes dos vasos.

Amiloidose Renal:  
     Os depósitos se dão preferencialmente no nível de glomerulos, iniciando pela região mesangeal, espessando as membranas basais dos capilares glomerulares. As luzes dos capilares são diminuídas e o glomerulo se transforma em uma bola hialina afuncional. Os depósitos também acometem o intestício tubular, começando pelas membranas basais tubulares, o tubulo se atrofia por compressão acumulando cilindro protéico na luz. As arteríolas espessam as paredes produzindo isquemia com o aumento da atrofia tubular consequente. 
    

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MORTE CELULAR

Necrose Celular:    
     A necrose é uma forma de morte celular que tem a caracteristica de resultar em distruição de células parenquimatosas adjacentes e pode envolver por completo um tecido ou orgão. A necrose isquêmica resultante de uma oclusão vascular é a forma mais comun de necrose clinicamente encontrada. Em geral, a necrose isquêmica produz um padrão morfológico de necrose de coagulação. na necrose coagulativa, as células não sofrem um processo orquestrado dependente de energia que resulta em fragmentação celular. Ao contrário, a depleção de energia resulta em um desarranjo do gradiente iônico nas membranas celulares que inicialmente causa o influxo de sódio e água e, por fim, resulta na entrada de cálcio no citoplasmada célula a partir do ambiente externo e da mitocôndria.
Apoptose:
     Quase sempre chamada de morte celular programada. A apoptose leva as células por exemplo, dos dedos do embrião (que é removida para permitir o final da morfogênese) à morte sem causar danos aos tecidos adjacentes que estão fadados a formar as partes finais do corpo. A apoptose também pode ser patológica, por exemplo, a morte dos hepatócitos decorrentes da hepatite viral. Embora a apoptose tenha sido observada por muitos anos pelos embriologistas, ela foi reconhecida como uma forma única e criteriosa de morte celular em adultos durante os ultimos 30 anos.