quinta-feira, 23 de setembro de 2010

INFLAMAÇÃO

Conceitos  Gerais:
     Inflamação é a reação local dos tecidos à agressão. Ela ocorre como resposta inespecífica caracterizada por uma série de alterações que tende a limitar os efeitos da agressão. Por muito tempo, a inflamação foi considerada como doença, e somente a partir do século XVIII é que Hunter propôs ser ela uma resposta benéfica. Desde Celsus (Contemporâneo de Cristo) que se caracteriza a inflamação por quatro sinais "cardinais": rubor, calor, tumor, e dor. Virchow, no século XIX, acrescentou um quinto sinal; a perda da função. O rubor eo calor são o resultado de um aumento da circulação na área inflamada. O tumor é a consequencia do aumento local do líquido intersticial e a dor dependo do acúmulo, no local, de substâncias biológicas que atuam sobre as terminações nervosas. A perda da função é a consequencia do somatório de vários fatores, especialmente do edema e da dor. os sinais cardinais se referem a inflamações da superfície corpórea ou das articulações, porém, inflamações com as mesnas caracteristicas ocorrem em todos os tecidos e órgãos agredidos. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

PIGMENTOS

Pigmentos Endógeno e exógeno:
     Pigmentos são substâncias de origem, composição química e significado biológicos diversos que tem cor propria. No organismo humano há três classes de pigmentos, são eles, melanina, hemoglobina e seus derivados e lipocromos. Eles são considerados pigmentos endógenos, pois são produzidos por meio da atividade metabólica das próprias células do organismo, ao contrário dos pigmentos exógenos que alcançam o interior do organismo por via respiratória, digestiva ou quando inoculados através da pele, vindo já pré-formados do meio externo.

Hemoglobina e Derivados:
     A hemoglobina é o pigmento que dá a cor vermelha às hemácias, sendo a substância responsável pelo transporte do oxigênio dos pulmões para os tecidos e de gás carbonico dos tecidos para os pulmões. A sua molécula consta de duas partes fundamentais: a globina, uma proteína , e o heme, que possui quatro aneis pirrólicos que contêm ferro. 

    

PIGMENTAÇÃO

Endometriose:
     A endometriose é uma doença crônica com tendência evolutiva e pode cursar com uma ampla gama de sinais e sintomas. O quadro clínico pode variar bastante dependendo da severidade ou do grau da endometriose e dos órgãos envolvidos pela patologia. O endométrio é a camada de tecido composto por glândulas e estroma, que recobre internamente a cavidade do útero, sendo responsável pela menstruação quando descama ao final de um ciclo menstrual. A endometriose é uma importante doença ginecológica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, ou seja, em qualquer outro lugar do corpo.

Teorias que explicam a endometriose:      Existem várias teorias descritas em épocas distintas que tentam explicar a(s) causa(s) provável(is) da endometriose. Entretanto, parece que nenhuma destas teorias consegue explicar isoladamente o que causa esta intrigante doença.

Embriológica:
     Foi descrita no final do século XIX. Esta teoria propunha que a endometriose se originaria de remanescentes dos ductos de Wolff (Von Recklinghausen, 1885) ou remanescentes dos ductos de Müller (Thomas Cullen, 1896; Iwanhoff, 1898; Russell, 1899), que sofreriam processo de metaplasia transformando-se em tecido endometrial.

Metaplasia celômica:
     Proposta por Iwanhoff e Meyer, esta teoria sugere que as células celômicas que são totipotenciais e que estão presentes no peritônio e nos ovários, podem ser induzidas a se diferenciar em endometriose. Irritações repetidas do epitélio celômico, associada a uma variedade de fatores comuns, estímulos hormonais ou infecciosos, podem induzir células celômicas a se transformar em tecido endometrial.

Implantação:
     Também conhecida como teoria da menstruação retrógrada ou teoria de Sampson foi proposta pela primeira vez em 1927 por John Albertson Sampson. Esta teoria propõe que o tecido endometrial reflui retrogradamente pelas trompas em direção à cavidade pélvica e se implanta na superfície peritoneal e nos órgãos pélvicos e abdominais. Apesar das evidências esta teoria não consegue explicar todos os casos de endometriose e porque a endometriose só ocorre em cerca de 10% das mulheres apesar da menstruação retrógrada ocorrer provavelmente todas elas.

Disseminação linfática e hematogênica:
     Estas teorias foram propostas para explicar a presença de endometriose em locais fora da cavidade peritoneal. Desta forma as células endometriais se disseminariam para outros locais através do sistema linfático e vascular. A disseminação linfática foi proposta por Halban.

Extensão direta:
     Esta teoria sugere que a endometriose decorre da invasão pelo endométrio ectópico da musculatura uterina e da invasão direta de outras estruturas contiguas ao útero, como Poe exemplo a bexiga e uretra.

Iatrogênica ou mecânica:
     Esta teoria foi proposta em várias publicações por diversos autores. Propõe que a implantação de células endometriais durante a cirurgia levaria a endometriose de cicatriz cirúrgica, explicando, portanto o aparecimento de focos de endometriose nas cicatrizes de laparotomia (cirurgia abdominal) e de episiotomia (parto normal).

Composta:
     Proposta por Javert, esta teoria propõe que uma combinação de várias teorias como da implantação, disseminação linfática/hematogênica e da extensão direta poderia explicar a endometriose.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CALCIFICAÇÃO

Patológica:
     Termo utilizado quando ocorre alterações metabólicas celulares levando a deposição de sais, principalmente de cálci, em locais onde não é comun tal processo, ou seja, uma calcificação fora do tecido ósseo devido a uma alteraçãoda atividade normal do corpo. Existem diferentes tipos de calcificação.

Calculose:
     Quando a calcificação ocorre em regiões tubularesque não sejam vasos sanguíneos (vias urinárias), resultando em cálculos. Tal processo é facilitado caso o meio seja alcalino e possua grande concentração de carbono de cálcio e fosfato de cálcio.

Calcificação Distrófica:
     Quando ocorre o acúmulo de sais em tecidos previamentes lesados. A aterosclerose, por exemplo, facilita a deposição de sais e a consequente formação de placas. No entanto, a calcificação distrófica não traz maiores consequências para o local.

Calcificação Metastática:
     Quando ocorre o aumento anormal do teor de cálcio no sangue (hipercalcemia), não necessitando de uma lesão prévia. Tal aumento causa a precipitação do íon cálcio ao se unir com o fosfato. Esse processo pode ocorrer em diversos tecidos do corpo, chegando a comprometer suas funções.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PIGMENTAÇÃO

Cálculos Biliares (colelitíase):
     Podem afetar a vesícula biliar ou qualquer porção da árvore biliar extra-hepática. Em países industrializados, a maioria dos cálculos é de colesterol e o restante é constituído por bilirrubinato de cálcio ou outros sais de cálcio (cálculos de pigmento). Por outro lado, os cálculos pigmentares são mais comuns nos trópicos e na ásia. A maioria dos cálculos biliares não é radiopaca, mas pode ser visualizado por ultrasonografia. Os cálculos de colesterol constitui a forma mais comun de cálculo biliar e mostram-se redondos ou facetados, castanho-amarelados, e podem variar entre 1 e 4 centimetros de diâmetro. mais de 50% do cálculo compõenm-se de colesterol, com o restante sendo constituído por sais de cálcio e mucina.Os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento de cálculos biliares de colesterol são sexo feminino, idade reprodutiva e obesidade.
Cálculos Renais (urolitíase):
     A presença de cálculos renais (pedras no interior do sistema coletor do rim) é denominado nefrolitíase, enquanto a presença de cálculos fora do rim é denominado urolitíase. Os cálculos renais são mais comuns em homens e pode variar de tamanho desde de inferiores a 1 mm até cálculos grandes  que podem se alojarem no interior do trato urinário. Os cálculos renais podem erodir a mucosa do trato urinário, provocando hematuria, ou podem obstruir o fluxo de saída da urina, provocando hidronefrose e pielonefrite. A cólica renal é o sintoma caracteristico de cálculos renais e descreve dor excrusiante ao longo do flanco causado pela passagem de cálculos ao longo do trato do fluxo de saída urinária.

DEGENERAÇÃO CELULAR

Amiloidose:
     É uma degeneração homogênea que ataca orgãos como baço e fígado, conferindo-se cor pálida lardácea. A coloração azul-escura desta subistância quando corada pelo iódo àcido sulfurico diluído, à semelhança de amido, denominando-a substância amilóide. O acúmulo desta subistância é a amiloidose (degeneração amilóide). É uma síndrome que agrupa processos patológicos diversos, cuja característica comun é o depósito intercelular (interstício) e na parede de vasos de uma subistância hialina, amorfa, proteinácea, patológica, que com acúmulo progressivo induz atrofia por compressão e isquemia das células adjacentes. 
     Algumas doenças relacionadas: Hemodiálise de longa duração-precurssor Beta2 microglobulina. Alzheimer-precurssor A4 (ou Beta2 amilóide) constitui o núcleo das placas senis e do amilóide das paredes dos vasos.

Amiloidose Renal:  
     Os depósitos se dão preferencialmente no nível de glomerulos, iniciando pela região mesangeal, espessando as membranas basais dos capilares glomerulares. As luzes dos capilares são diminuídas e o glomerulo se transforma em uma bola hialina afuncional. Os depósitos também acometem o intestício tubular, começando pelas membranas basais tubulares, o tubulo se atrofia por compressão acumulando cilindro protéico na luz. As arteríolas espessam as paredes produzindo isquemia com o aumento da atrofia tubular consequente.